No dia 20/08 é celebrado o dia do Maçom no Brasil, data festiva para os Maçons brasileiros, entretanto, mais do que isso, esta data nos relembra o que foi idealizado ao Maçom, que é de exercer suas virtudes e direcionar seus esforços no sentido de prover benefícios para a sociedade através de suas obras. Essa data está prevista na Constituição do Grande Oriente do Brasil art° 134, e sua escolha remonta aos fatos que antecederam a Independência do Brasil em 1822.
A Maçonaria tem notória participação em movimentos de emancipação dos povos, a história da humanidade descreve com abundância fatos e eventos cujas realizações só foram possíveis através da iniciativa maçônica. Na história do Brasil, em todas as fases da consolidação da Colônia em Nação, não faltou em nenhum momento à orientação efetiva de nossa Ordem.
Cabe ressaltar que após o retorno de D. João à Portugal em 1821 e de acordo com o Decreto 125, de 29 de dezembro deste ano, o rei de Portugal, extinguiu o reinado do Brasil e determinou o regresso de D. Pedro com toda a família real para Portugal. Nessa época, funcionava no Rio de Janeiro três Lojas Maçônicas, “Commércio & Artes”, “Esperança de Nictheroy” e “União e Tranquilidade”, da qual eram membros diversos ilustres da corte, como Cônego Januário da Cunha Barbosa, Visconde Albuquerque, Luís Pereira da Nóbrega Coutinho e José Clemente Pereira, entre outros. Esses Maçons reunidos e após terem obtido a adesão dos Irmãos de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, convenceram D. Pedro I para que permanecesse no Brasil, culminando na célebre frase: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico”. Iniciasse o movimento coordenado, entre os irmãos de outras províncias brasileiras, com o intuito de promover a Independência do Brasil.
Funda-se no Rio de Janeiro o Grande Oriente do Brasil, sendo eleito seu primeiro Grão Mestre José Bonifácio de Andrada e como primeiro Grande Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo. Em 13 de julho de 1822, por proposta de José Bonifácio, D. Pedro I é iniciado na Maçonaria e lhe é concedido o título de “Príncipe Regente Constitucional e Defensor Perpétuo do Reino Unido do Brasil”, acirrando ainda mais os ânimos entre portugueses e nativistas. Apesar de posições divergentes, em relação ao futuro da nação, sendo o José Bonifácio a favor das correntes liberais que buscavam manter a união do Brasil com Portugal e Ledo que defendia a separação total e fundação da República, as ações Maçônicas foram uníssonas, levaram o Príncipe a tomar decisões favoráveis à Independência.
Quando à beira do riacho do Ipiranga, D. Pedro I empunhou a espada e gritou “Independência ou Morte”, tornava público o que já havia sido decidido no interior da Loja na sessão de 20 de agosto de 1822, a Independência do Brasil já havia sido proclamada nas fileiras da Maçonaria, tornado se assim o dia do Maçom.
Esses fatos só nos reforçam o dever dos trabalhos dos Maçons em prol de uma sociedade mais justa. Faz-se imperioso que nossas obras sejam reconhecidas como exemplos de trabalho em benefício da humanidade. Os trabalhos grandiosos dos maçons do passado devem nos servir apenas como norteador para o nosso grandioso trabalho de agora. O mérito da obra do maçom não é dele próprio e sim da Filosofia Maçônica que produziu a centelha do dever e da caridade dentro deste homem.
Feliz Dia do Maçom